Por Arthur Prado e Lúcia Beatriz Torres
Na última sexta-feira, dia 17 de junho, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (
INCT-INOFAR), em uma iniciativa inédita, foi até uma escola da Zona Norte do Rio de Janeiro para promover atividades de educação em saúde voltadas para o uso correto de medicamentos.
O local escolhido foi a Escola Municipal Edmundo Lins, no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro. Com boa colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Ministério da Educação, a instituição abriga alunos do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental. Divididos em dois turnos, todos os alunos (260 aprox) tiveram a oportunidade de participar do evento promovido pelo INCT-INOFAR na escola.
Para desenvolver as atividades, a equipe do
INCT-INOFAR levou uma cartilha animada sobre uso correto de medicamentos e realizou uma dinâmica com os alunos estimulando-os a formular perguntas sobre o assunto. Para elucidar as questões, o
INCT-INOFAR levou para escola duas jovens farmacêuticas. Roberta Tesch e Bruna de Lima, devidamente trajadas com seus jalecos brancos, responderam, de forma esclarecedora e bem-humorada, cada pergunta feita pelos alunos.
Fotos: Arthur Prado e Lúcia Beatriz Torres |
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Equipe do INCT-INOFAR foi a uma Escola Municipal da zona norte do RJ desenvolver atividades de educação em saúde voltadas para o uso correto de medicamentos |
O “prêmio” pela participação dos pequenos estudantes foi um quebra-cabeça elaborado pelo
INCT-INOFAR para estimular a reflexão sobre os cuidados que se deve ter ao consumir medicamentos. Além do jogo, cada estudante foi presenteado com uma cartilha de passatempos com a temática também voltada ao uso consciente dos medicamentos.
Engana-se quem pensa que as perguntas direcionadas às farmacêuticas foram pueris. Apesar da pouca idade, os estudantes fizeram ótimos questionamentos e algumas observações até surpreendentes para a faixa etária, que girava entre 6 a 12 anos. Questões que parecem ser, a princípio, banais não passaram despercebidas pelas crianças.
O estudante Lucas, do 2° ano, por exemplo, perguntou qual é a diferença entre o médico e o farmacêutico. O aluno Guilherme, da mesma série, questionou sobre a importância do horário certo na hora de tomar o medicamento. Nós podemos tomar medicamento para dor de cabeça se estivermos de estômago vazio? Como podemos identificar se um medicamento é falso? Se alguém for no médico e tiver os mesmos sintomas que eu, posso tomar o mesmo medicamento? Esses foram alguns dos questionamentos das crianças para as farmacêuticas.
Fotos: Arthur Prado e Lúcia Beatriz Torres |
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Os alunos que fizeram perguntas foram presenteados com quebra-cabeças
do INCT-INOFAR |
A coordenadora pedagógica da escola, Cláudia de Souza Costa, fez questão de ressaltar a importância da iniciativa do
INCT-INOFAR:
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Eu achei a iniciativa do Instituto muito interessante. Interessante porque é um assunto pouquíssimo abordado em conteúdo escolar e as crianças são agentes multiplicadoras que irão levar isso posteriormente para os pais, os tios. Essas questões que vocês levantaram aqui são questões que, às vezes, ficam um pouco distorcidas e agora as crianças podem propagar as informações de maneira correta.
Fotos: Arthur Prado e Lúcia Beatriz Torres |
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Os alunos continuaram tirando dúvidas com as farmacêuticas mesmo após
o término da sessão |
A atividade despertou tanto o interesse dos alunos que, mesmo depois do evento encerrado, muitos estudantes abordaram a dupla de farmacêuticas para tirar dúvidas.
“
Teve um aluno que me perguntou se tomar água com açúcar era placebo. Eu fiquei boba com o questionamento. A pergunta era muito avançada para idade dele” – nbservou a0farmacêutica Robarta Tesh.
Para concluir as atividades as crianças receberam a tarefa de fazer um uma redação sobre o que eles aprenderam com a visita do
INCT-INOFAR. Os melhores trabalhos ficarão expostos no mural da escola.
Foto Arthur Prado e Lúcia Beatriz Torres |
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